Cinco Empresas Concorrem Para Provisão de Combustível

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Cinco empresas concorrem para o fornecimento de combustíveis líquidos a Moçambique no período entre Setembro e Novembro próximos.
Segundo a Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO), entidade que lançou o concurso público, sete empresas adquiriram os cadernos de encargo, mas apenas cinco manifestaram interesse, estando agora o processo na fase de avaliação dos requisitos técnicos e financeiros apresentados pelas companhias.
João Macandja, director-geral da IMOPETRO, disse ao “Notícias” que o vencedor do concurso poderá ser conhecido o mais tardar até ao dia 15 de Julho corrente.
Normalmente, os concursos de importação de combustíveis em Moçambique têm sido para um período de seis meses, mas Macandja explica que legalmente nada obsta que possam ser de um, dois, três até doze meses. “Desta vez optamos por três meses porque a situação do mercado internacional não é favorável. Há muitas incertezas e as companhias fornecedoras apresentam sempre propostas de preços elevados, e nós também queremos acautelar-nos dessas incertezas do mercado petrolífero”, explicou Macandja.
Exemplificou que nos últimos tempos o afretamento de navios para o transporte de combustíveis aumentou em mais 100 dólares por cada tonelada, o que torna a logística muito mais onerosa.
O director-geral da IMOPETRO assegurou que o concurso em referência é regido pelos procedimentos e regras internacionais similares aos especificados nas directrizes do Banco Mundial, designadamente Procurement Under BRD Loans and IDA Credits.
“O critério de selecção da próxima entidade responsável pela importação de combustível será o melhor preço, a segurança e fiabilidade”, afirmou.
No total, Moçambique pretende importar 575 mil toneladas métricas de combustíveis para garantir a satisfação das necessidades do país no período em causa.
“Pretendemos importar 150 mil toneladas de gasolina, 400 mil de gasóleo e 25 mil de gás, e estes produtos petrolíferos refinados vão ser distribuídos a partir dos portos de Maputo [sul do país], Beira [centro], Nacala e Pemba [norte]”, disse.
Todo o combustível líquido comercializado em Moçambique (gasóleo, gasolina e querosene para aviões) e o gás de petróleo liquefeito (GPL), usado na cozinha, é importado via marítima, em cargueiros especiais.
O processo está centralizado por lei numa única entidade, a IMOPETRO, detida pelas distribuidoras de produtos petrolíferos que operam no país.
Macandja considera que, com a subida dos preços de afretamento dos navios, os valores pagos passarão, nos próximos meses, de 200 mil dólares para cerca de 600 mil dólares, o que reflecte a grande volatilidade que se regista no mercado dos combustíveis.