Emose Propõe Criação dos Seguros Agrário e Soberano

Emose Propõe Criação dos Seguros Agrário e Soberano

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 A Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) considera urgente a criação de um pacote de seguros virados para a agricultura e desastres naturais, face as intempéries que, nos últimos anos, ocorrem com uma frequência crescente e com um impacto negativo na economia agrária.
A proposta foi apresentada pelo Presidente do Conselho de Administração da EMOSE, Joaquim Langa, à Comissão do Plano Orçamental da Assembleia da República, o parlamento moçambicano, que hoje fez uma visita de trabalho àquela empresa, no âmbito da fiscalização e supervisão parlamentar.

“Estamos a desenhar a criação do seguro soberano junto do Ministério das Finanças e o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) para permitir o alívio das necessidades das pessoas e dos negócios afectados em casos de intempéries” explicou.

“A agricultura normalmente é subsidiada, mas pretendemos criar um seguro para tornar esta área sustentável, incluindo os pequenos agricultores, visto que o sector agrário é a base fundamental para o desenvolvimento socioeconómico”, explicou.

Segundo o Langa, a EMOSE já desembolsou cerca de 380 milhões de meticais (cerca de 5,95 milhões de dólares) para a cobertura dos danos causados pelos ciclones Idai e Kenneth. A empresa prevê o pagamento de um pagamento adicional de cerca de 250 milhões de meticais para o alívio dos danos causados pelos ciclones Eloise, Ana e Gombe.

“O Estado moçambicano vai receber um apoio de 12 milhões de dólares para assegurar os danos causados pelos desastres naturais, disponibilizados pelo Banco Mundial”, disse.

Afirmou que em 2017, quando assumiu a gestão da seguradora, a empresa registava uma imparidade superior a dois mil milhões de meticais e uma imagem degradada mas, nos últimos anos, verifica-se uma mudança considerável.

“A situação financeira da empresa é sustentável. No ano passado tivemos uma receita de perto de cinco mil milhões de meticais só de vendas dos serviços, mas temos outros rendimentos através de aplicações financeiras e patrimoniais. O índice de solvabilidade é de mais de 1.500 por cento, acima de 450 por cento exigido pelo regulador”, disse.

Por seu turno, o porta-voz da Comissão Parlamentar, António Niquice, explicou que a EMOSE integra um grupo de empresas estratégicas para o fomento da agricultura e pecuária e, por isso, manifestou a sua preocupação com a gestão de desastres naturais.

“O nosso país é susceptível a várias intempéries com impacto nas infra-estruturas do Estado. Neste contexto, o seguro soberano, por lei, deve ser obrigatório para minimizar os impactos orçamentais na reedificação dos danos”, sustentou.

Por isso, a visita foi oportuna para a EMOSE pois serviu para apresentar aspectos importantes que carecem de uma atenção especial.

Referiu que a visita também tinha por objectivo mapear as preocupações da empresa e fazer recomendações de uma série de pressupostos a serem implementados, como é o caso da digitalização”.

A EMOSE é uma sociedade anónima detida pelo Estado com 39 por cento, Instituto de Gestão das Participações do Estado 31, Cooperativa dos Gestores Técnicos e Trabalhadores 20 e 10 por cento na Bolsa de valores de Moçambique. Actualmente tem um capital social de 295 milhões de meticais.

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