Porquê é Fundamental Proceder a Depreciação de Equipamentos?

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A depreciação vem do latin “pretium”, que significa preço ou valor, significando redução do preço ou valor . (HENDRIKSEN e VAN BREDAR, 1999).
Comumente refere se ao processo de alocação do valor de entrada, geralmente o custo original ou corrigido, de instalações e equipamentos, aos vários períodos, durante os quais espera-se obter os benefícios decorrentes da sua aquisição e emprego. Conforme foi anteriormente referido, significa a perda de valor de coisas matérias, devido ao desgaste ou perda da utilidade pelo uso, obsolescência (em virtude do surgimento de algo mais moderno) ou acção da natureza.
Por esse motivo após certo período de tempo torna-se necessário que a empresa invista novamente para repor os equipamentos que sofreram depreciação.
A depreciacao pode ser apresentada de duas maneiras, designadamente:
- Uma visao estatística que iluistra as perdas, desgaste pelo uso que ocorre por acção da natureza e obsolescência tecnológica.
- Uma visao dinâmica que ilustra a depreciação como agente gerador de benefícios futuros, pelo reconhecimento contabil que se esperava.
É importante escolher uma forma adequada de depreciar os imobilizados (equipamentos) para as empresas conseguirem mensurar as suas contas corretamente, sem que haja qualquer distorção de valor.
Pode se afirmar, igualmente, que as despesas com depreciação traduzem o que a empresa deve economizar para quando chegar o momento de depreciação total, ela consiga fazer a aquisição de novos equipamentos. Porém essa despesa pode ser utilizada de forma a contribuir positivamente nas contas da empresa, isso porque essa despesa não sofre desembolso e poderia ser usada no fluxo de caixa.
Marion 1998 ressalta que os bens do imobilizado, com o passar do tempo em virtude do uso, vão sofrendo deterioração física perdendo sua eficiência funcional. Esse desgaste ocorrido por período e contabilizado como despesa é denominada depreciação.
A depreciação é considerada custo quando esta ligado a equipamentos de produção, segundo Padoveze 2003, afirma que “ considera-se como insumo industrial de depreciação a perda de valor dos activos imobilizados utilizados no processo industrial.
Essa perda de valor é um gasto e, sendo da área industrial é um custo de fabricação. Os custos de fabricação são itens essenciais para a formação de preços de vendas de produtos, por isso é necessário que se considere o custo anual da depreciação, caso contrário o lucro apurado não é real, impedindo o empresário de repor os bens a medida que forem desgastando-se ou desactualizando-se (Marion 1988)
Segundo Assafi Neto 2002 a depreciação pode ser conceituada como perda de valor esperimentada pelos bens físicos tangíveis da emprsa, em consequência de um serviço proporcionado, esse processo de desvalorização do equipamento é recuperado por meio das vendas dos produtos finais. A depreciação é uma despesa e, como tal , é repassada no proceso de venda do produto.
A importância de considerar a depreciação evidencia-se através do lançamento e registo da despesa de depreciação e outras despesas consideradas não-desembolsáveis que, permitem que a empresa contribua com menos impostos, pois desta forma ela diminui o lucro tributável. (Gitman 1997), assim a ausência do planeamento das despesa de depreciação implica super avaliar o lucro, e, consequentemente o imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e a distribuição de dividendos induzindo a empresa a distribuir o que deveria ser destina a reposição dos equipamentos (Bettencourt, Magalhaes, Melo 2006)
A relevância da discussão em torno do apuramento da depreciação e da importância do seu registo como uma informação contabil, vai muito além de um mero cumprimento da legislação, mas serve como um é elemento importante na eficácia da gestão empresarial para a reposição de máquinas e equipamentos, que pode ter reflexos na redução de custos com manutenção de imobilizado e aumento da produtividade, qualidade e, portanto melhor competitividade.
Ela pode ser vista como importante instrumento capaz auxiliar a geração de fundos que poderão ser utilizados para repor bens sucateados.
Ao observar as origens de geração de fundos nota-se que a maioria vem dos lucros da depreciação, dos aumentos de capital e de empréstimos a a longo prazo, pois os lucros após deduzidos impostos e depreciação são considerados fontes de fundos (Groppelli NI(kbakht 1999).