INCM Insta Operadoras De Telefonia Móvel a Melhorar Qualidade de Serviços

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O Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), autoridade reguladora de telecomunicações no país, insta as operadoras de telefonia móvel a melhorar a qualidade de serviços prestados aos cidadãos.
O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INCM, Tuaha Mote, disse sábado, num contacto estabelecido com a STV, que a instituição que dirige realizou uma pesquisa aleatória, a algumas províncias do país, tendo apurado que a qualidade de serviços deixa muito a desejar.
Por exemplo, o INCM realizou, entre Março e Outubro de 2021, uma pesquisa na capital moçambicana Maputo, e cidade da Matola, capital da província de meridional Maputo, entre os dias 16 de Março a 13 de Abril de 2021 para aferir a qualidade de serviços das operadoras de telefonia móvel.
A pesquisa também abrangeu as cidades de Lichinga e Cuamba, bem como na vila sede de Mandimba, no distrito com o mesmo nome, e município de Metangula, sede do distrito de Lago, na província de Niassa, norte de Moçambique entre os dias 13 a 29 de Junho.
Já nas cidades da Beira e Dondo, província de Sofala e cidade de Chimoio, capital da vizinha província de Manica, a pesquisa teve lugar no período compreendido de 01 a 13 de Outubro de 2021.
Entretanto, volvidos dois meses de pesquisa, a autoridade reguladora constatou que todas as operadoras, designadamente, Moçambique Telecom (Tmcel), Movitel e Vodacom Moçambique, apresentam um bom desempenho no serviço de bom serviço de voz, com a excepção de algumas zonas, cuja percentagem de sucesso no estabelecimento de chamadas está abaixo da meta.
É também notório o incumprimento do tempo de estabelecimento de chamadas para todas operadoras.
‘Uma vez recomendado e acordado que vão corrigir os problemas se, de forma reiterada e sistemática, os problemas de qualidade de serviços não forem corrigidos o regulamento de qualidade de serviços impõe normas sancionatórias e nos como reguladores vamos activar este mecanismo se assim for necessário’, advertiu Mote.
A pesquisa realizada contemplou ainda a questão da gestão de dados, onde o regulador promete ser implacável contra as operadoras, com vista a salvaguardar os interesses dos consumidores.
‘Se por algum motivo eu converter 10 gigas (gigabytes) do meu crédito para 30 dias úteis e não fizer o uso a operadora retira alegando que expirou o prazo, então aí também há um roubo ao consumidor’, advertiu a fonte.
O relatório concluiu afirmando que apesar de as três redes de telefonia móvel apresentarem uma boa cobertura de sinal de rádio na rede 2G tanto na urbe bem como nas zonas periurbanas, o nível do sinal vai diminuindo à medida que se evolui para as tecnologias 3G e 4G, observando-se um nível de cobertura inexistente quando fora das cidades.
Sobre este facto, Mote disse que já foram partilhadas recomendações com as operadoras, pelo que se espera algumas mudanças.
A pesquisa refere ainda que, a tecnologia de rede da quarta geração é a mais predominante nas zonas urbanas por exemplo a Tmcel, somente apresenta cobertura 4G nas cidades de Maputo e Matola.