ENI Confirma Início da Produção de GNL Para Meados de 2022

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A companhia petrolífera italiana Eni confirma o início da produção e exportação do Gás Natural Liquefeito (GNL) extraído ao largo da costa da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, a partir de meados de 2022.
O facto foi confirmado pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, em conferência de imprensa minutos apoó o término de uma audiência que o Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, concedeu hoje ao diretor-executivo (CEO) da Eni, Claudio Descalzi.
Aliás, disse Tonela, a Eni poderá concluir, no ano em curso, a construção da plataforma flutuante que está em curso na Coreia do Sul.
“Há uma perspectiva positiva de que em 2022, Moçambique passará a produzir e exportar a LNG, portanto, a partir do final do primeiro semestre”, afirmou.
Por seu turno, Descalzi disse que a perfuração dos poços na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, já está foi concluída.
Acrescentou que a Plataforma Flutuante de Gás Natural Liquefeito (FLNG) já é uma realidade e será o primeiro projecto a produzir LNG a partir das reservas de gás natural de Cabo Delgado.
“O projecto vai trazer para Moçambique importantes contribuições em termos de ganhos e do conteúdo local”, afirmou.
Sobre o encontro mantido com o estadista moçambicano, Descalzi disse que ambos também discutiram a viabilização de projectos agrícolas, apontando a produção de Mamona, uma planta utilizada no fabrico de biodísel, tintas, vernizes, compressores, transformadores, plásticos, colas, como matéria-prima de náilon e lubrificantes.
“Moçambique tem um grande potencial para a produção da Mamona […] essas plantas não vão competir com as terras férteis da produção agrícola para a alimentação porque podem crescer em terrenos marginais”, afirmou.
O projecto da Eni não foi afectado pelos ataques terroristas que, desde Outubro de 2017, afectam a região norte de Cabo Delgado, pelo facto de o mesmo estar a decorrer em mar alto.
A FLNG tem capacidade anual para a produção de 3,4 milhões de toneladas de GNL, e toda a produção, dos próximos 20 anos já foi vendida à multinacional petrolífera BP.
O Coral Sul é um projecto pioneiro operado pela Eni Rovuma Basin em nome dos parceiros da Área 4, nomeadamente a Mozambique Rovuma Venture (MRV, uma joint venture incorporada pela Eni, ExxonMobil e CNPC), Galp, KOGAS e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P.
O projecto baseia-se em seis poços em águas ultra-profundas no Campo de Coral, a uma profundidade de água de cerca de 2.000 metros, que fornecem gás à Coral-Sul FLNG através de um sistema totalmente flexível.
O campo Coral tem aproximadamente 16 triliões de pés cúbicos de gás e foi descoberto pela Eni em Maio de 2012.