Investimento de 600 Milhões de Meticais no Caic Resulta em 20 Mil Toneladas de Arroz

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O ministro moçambicano da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, defende que a política de resultados, através do Programa de Intensificação de Produção de Arroz suportado pelo SUSTENTA, defendida pelo governo, já tem demonstrações visíveis.
Correia assim se pronunciou nesta quarta-feira, na cerimónia da reinauguração do Complexo Agro-Industrial do Chókwè (CAIC), na província meridional de Gaza, que retoma desta forma o processamento do arroz, após uma paralisação que durou cerca de quatro anos.
A fábrica esteve paralisada, por motivos vários, e, em 2020, o seu retorno culminou com a colheita de cerca de 20 mil toneladas de arroz, numa produção cuja perspectiva, segundo o ministro, é de atingir, ainda nesta época, um terço da capacidade máxima de 30 mil toneladas/ano, num crescendo até a sua capacidade máxima nas próximas duas campanhas.
Para viabilizar o reinício da actividade do complexo, foi feito um investimento de 600 milhões de meticais (9.400.904,23 dólares norte-americanos) no Regadio do Chókwè (HICEP).
“Fizemos um investimento na ordem de 600 milhões de meticais no regadio, o que nos permitiu acrescentar perto de 20 mil toneladas de arroz nesta campanha nos novos 5.000 hectares acrescidos. Eis a materialização de mais uma promessa na esteira da nossa política de resultados. Quando falamos da política de resultados referimo-nos a estes resultados que se vão somando ao longo do país, de inauguração em inauguração, de requalificação em requalificação”, disse.
Na visão do governante, o chamado “arroz Sustenta” já é uma realidade e a fábrica de Chókwe dispõe actualmente de material para processamento, o que garante a sua sustentabilidade, além de que a estratégia de mercado para a campanha 2021/2022 desta cultura inclui também um fundo de estabilização de preços.
“Completamos, assim, a quinta cadeia de valor impulsionada pelo Programa de Intensificação de Produção de Arroz suportado pelo SUSTENTA. O Arroz-SUSTENTA já é uma realidade”, realçou.
O SUSTENTA é um programa nacional de integração da agricultura familiar em cadeias de valor produtivas, que tem como o objectivo melhorar a qualidade de vida dos agregados familiares rurais através da promoção de agricultura sustentável (social, económica e ambiental).
As acções do SUSTENTA estão em conformidade com as cinco grandes prioridades de orientação do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural, designadamente segurança alimentar, rendimento familiar, emprego, inclusão social e produção e produtividade.
O ministro disse que a visão do governo “é clara quanto a este processo. Não é trabalho do Estado gerir fábricas. Esta unidade de processamento de arroz estará a cargo do sector privado. E já estamos em negociações avançadas com um operador neste domínio”.
Afirmou que os primeiros sacos do arroz que vão sair do complex servirão às FDS [Forças de Defesa e Segurança] moçambicanas. “Os nossos jovens que estão no teatro de operações quer no Norte como no Centro vão ver reforçadas as suas energias com este produto nacional”, anunciou.