Sabia quais são as principais diferenças entre o plano de negócios e o plano estratégico?

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Planificar é uma das principais funções da gestão empresarial através da qual se determinam os objectivos, metas e indicadores fundamentais de um negócio ou empreendimento. Dois tipos de plano são comuns nas corporações, o de negócio e o estratégico, no entanto, ambos são relevantes e bem diferentes, embora algumas vezes confunde-se a sua aplicabilidade.
Um plano de negócios geralmente é concebido antes da implantação de um empreendimento, e este ajuda o empreendedor a avaliar se valerá a pena abrir, manter ou ampliar o negócio, permitindo-o ao mesmo tempo definir de forma clara e objectiva o seu negócio, designadamente: o produto, os clientes, fornecedores, concorrentes, preços, estratégias a seguir e avaliar a viabilidade financeira do negócio.
O plano de negócios serve também como instrumento de auxílio às empresas existentes que queiram ampliar ou expandir, através deste, melhor se determina e avalia a viabilidade económica e financeira de novas linhas de produção ou outros projectos de expansão por se implementar, sendo portanto um documento-guia do processo de estabelecimento de empreendimentos, que pode ser apresentado aos potenciais financiadores.
Por outro lado, o plano estratégico orienta a empresa ao crescimento a longo prazo.
Este compreende três níveis concretamente: O estratégico: que indica onde a empresa pretende chegar dentro de cinco ou mais anos (longo prazo), definindo, portanto os objectivos, metas, indicadores e resultados esperados a longo prazo.
Por seu turno o plano táctico revela como uma empresa vai atingir os objectivos estratégicos, definindo os objectivos, metas e indicadores de médio prazo necessários para alcançar os objectivos estratégicos, enquanto o plano operacional indica como a empresa irá realizar os objectivos tácticos e estratégicos, definindo objectivos, metas e indicadores do nível operacional a curto prazo.
Nestes termos pode-se entender que o plano estratégico ajuda a dar longevidade à organização, informando-a o quê, de que maneira (estratégia), quando e porquê devem ser realizados os planos de acção, sendo por isso, um instrumento de gestão de topo que permite implementar acções e monitorar o desempenho corporativo, pois não existe avaliação sem plano.
Um estudo realizado sobre desafios e perspectivas das PME’s em Moçambique concebido em 2015 pela Baker Till revelou que um número significativo de micro, pequenas e médias empresas moçambicanas não faziam a planificação estratégica, facto que pode decorrer dos custos associados à sua obtenção, por desconhecimento da sua relevância ou falta de uma orientação para crescimento, mas fica esta nota: as empresas estão sempre envolvidas num ambiente dinâmico e competitivo, por isso, aconselha-se que estas invistam no planeamento estratégico se verdadeiramente pretendem crescer.